Foto: Charles Guerra (Diário/Arquivo)
Apesar do interesse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em saber a opinião da população quanto ao retorno do horário de verão, ele foi recomendado a não adotar a medida neste ano. Conforme apurado pela Folha de S. Paulo, técnicos do Ministério de Minas e Energia avaliam que o planejamento do setor está robusto, garantindo o fornecimento de energia elétrica, e os dados não apontam ganhos com a implementação da medida.
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Em 2022, Lula abriu uma enquete em sua conta no X (antigo Twitter) e perguntou “O que vocês acham da volta do horário de verão?”. Na ocasião, 66,2% dos 2.363.087 votos manifestaram serem favoráveis ao retorno do horário especial.
De acordo com o ministério, com mudanças no hábito de consumo de energia da população nos últimos anos, deslocando o maior consumo diário de energia para o período da tarde, o horário de verão deixou de produzir os resultados para os quais essa política pública foi formulada, perdendo sua razão de ser aplicado sob o ponto de vista do setor elétrico.
Neste ano, soma-se o fato de o Brasil entrar no período mais quente com os reservatórios das hidrelétricas em nível elevado, além da ampliação da utilização de energia de fontes renováveis, como solar e eólica, com custos consideravelmente menores.
O horário de verão foi adotado em 1931, pelo então presidente Getúlio Vargas, como medida para reduzir o consumo de energia elétrica a partir do melhor aproveitamento da luz natural, já que os relógios eram adiantados em uma hora. O primeiro horário de verão vigorou entre 3 de outubro de 1931 e 31 de março de 1932.
A medida foi extinta em 2019, no governo do ex-presidente do Jair Bolsonaro (PL), que alegou que a decisão teria sido baseada em estudos que apresentaram não haver mais economia de energia com a medida.